Almada? Artes Menores?
Até que ponto, no trabalho prolífico de Almada Negreiros, se conseguem demarcar hierarquias artísticas?
Ao longo da sua vida, das ditas artes ‘maiores’ às ‘menores’, ou das artes visuais a outras áreas de expressão como a escrita ou as artes performativas, Almada conseguiu praticar uma produção onde coerentemente estas coexistiram, sem necessariamente se subjugarem, influenciando-se mutuamente. O que nos leva a outra questão, não será a sua obra exemplo paradigmático da ruptura com as classificações académicas, ruptura que, anunciada desde o século XIX, fundaria o pensamento artístico moderno?
Legenda da imagem:
Desenho preparatório de Almada Negreiros para os murais da estação CTT de Aveiro na casa de férias do arq. Adelino Nunes, Rodízio, c.1947, detalhe de fotografia de Mário Novais (BA-FCG CFT003.025481)
Carlos Bártolo ensina Design e História do Design na Universidade Lusíada de Lisboa desde 1995. Designer gráfico com mestrado em Design de Equipamentos e doutoramento em Design, centra os seus estudos na área da História do Design em Portugal, investigando o objecto de Design como suporte de comunicação, especialmente em âmbitos políticos extremos.
CITAD Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design – Universidade Lusíada de Lisboa.
Investigador do projeto “Modernismos Ibéricos e o Imaginário Primitivista” (PTDC / ART-HIS / 29837/2017) – cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e União Europeia (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional)